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Archive for agosto \29\America/Bahia 2012

Ficha limpa de mentirinha…

O povo brasileiro me surpreende. Primeiro protesta em favor de uma justiça mais eficaz, célere e, sendo redundante, mais justa. Em contra partida, aplaude atitudes desprezíveis de determinados candidatos ao pleito, esquecendo suas reais intenções e, principalmente, a origem dos seus passos. Mesmo depois do recolhimento de mais de um milhão de assinaturas protestando contra a corrupção e exigindo medidas mais drásticas do judiciário, a Lei da Ficha Limpa deixa margens para a  uma sujeirinha tipicamente oriunda do jeitinho nato.

E de tanto ver uma desordem que parece está muito longe do fim, surgem questionamentos sem respostas. Qual seria a esfera mais nociva? Seria o Legislativo, composto por políticos que não visam os anseios sociais e sim os das suas contas bancárias? Ou seria do Poder Judiciário que “julgam” em prol do delito? Quem deveria nos ajudar… ministro Gilmar Mendes? Pois é, até parece engraçado pensar que logo ele nos ajudaria diante de tantos atos controversos escachados desde o governo FHC.

O STF confirmou a validação da Lei da Ficha Limpa para essas eleições municipais. Assim, os políticos que foram CONDENADOS por órgão colegiado da Justiça não podem se candidatar este ano e nos futuros pleitos. O mesmo vale para aqueles que renunciaram ao mandato para escapar do processo de cassação no Congresso. No entanto, no ínício do ano, o Tribunal Superior Eleitoral, TSE, divulgou que os políticos com contas REPROVADAS não poderiam se candidatar. Mas agora, após a divulgação da listas dos “FICHAS SUJAS” (como definiu Cláudio Nunes em seu blog – “Ou seja, aqueles que não caíram na lei da “Ficha Limpa” e conquistaram os registros de suas candidaturas, mas tem seus nomes envolvidos em escândalos de corrupção e em improbidade administrativa…”), com o nome de mais de três mil candidatos com contas rejeitadas, o TSE volta em sua decisão e LIBERA a candidatura proporcionando as farras com o NOSSO dinheiro, com a verba pública. E, indo numa contramão ainda maior, alguns municípios estão praticamente elegendo FICHAS PORCAS, muito mais que meras sujeirinhas escondidas debaixo do tapete.

Liderando as pesquisas no município de Aracaju, João Alves Filho é o favorito dos cidadãos, o que muito me envergonha. Não estou aqui levantando bandeira para DÉDA ou qualquer outro petista (argumentos dos DEMOCRATAS), até porque, Déda é GOVERNADOR e não estamos nos referindo este ano, aos erros ou acertos do seu mandato. Muito pelo contrário, falo em nome da moral e ética que deveria existir diante das escolhas dos nossos representantes. Hoje eu me sinto um ser extremamente fora dessa realidade. Para mim e principalmente para os meus conceitos de “certo” e “errado”, essa situação é a mais controvérsia dos tempos da Democracia brasileira. Falamos tanto em ética, em moralidade e ficha limpa e, quando nos é dado o poder de decisão, jogamos tudo isso no ralo. E o que mais me dói é saber que tem gente que acha isso normal e justifica sem nenhum respaldo a defesa dos próprios interesses. Sim, dos interesses de quem esteve acostumado a “mamar” nas “tetas do sistema”.

Enquanto isso eu fico aqui torcendo para que chegue o dia em que não apareça mais nenhum sujeitinho de terno e gravata ou toga e estudem a possibilidade de encontrar a tal brecha legislativa.  Na votação do STF para a vigência da Ficha Limpa, Ayres Britto, posicionando-se a favor, declarou que “Está dito na Constituição que lei complementar estabelecerá os casos de inelegibilidade… Essa lei complementar é fruto do cansaço do povo com os maus tratos à coisa pública“. Lindas palavras. Mas, pela primeira vez eu fico com a justificativa de Gilmar Mendes, que para rebater o momento poético do sergipano disse: “Essa vontade do povo é a mesma que elege os candidatos ‘ficha suja‘”.

Sem mais!

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De volta à vida.

E eu acho até engraçado esse seu jeito de me rondar como se nada tivesse acontecido. Meias palavras para uma reaproximação amistosa e uma excelente tentativa de começar, ou melhor, de continuar essa história redundante que já não tem mais graça. Só que agora é diferente. Sinto muito, mas eu acho que já não sou mais a mesma bobalhona que chorava por uma ligação sua. Hoje eu respiro sem precisar de um assopro seu perto de mim. Sabe aquela coisa mágica, aquela aurora iluminada que existia em meu sorriso quando olhava para o seu? Pois é, hoje é algo frio e automaticamente calculado como um “HUM, VALEU!”, sem importância.

Agora eu fico aqui pensando nas cartas respondidas por você que nunca chegaram. Sinto falta do abraço sincero e carregado de sentimentos puros que você nunca me deu. Sinto falta do silêncio do seu olhar me dizendo coisas lindas que nunca chegou aos meus olhos. Por muito tempo eu gostei – sim, gostei e não amei – de um sonho que nunca se concretizou. Idealizei você para mim de um jeito impossível, mas tão impossível que foi preciso longos meses longe de tudo para eu entender que eu havia, esse tempo inteiro, brincado com minha própria imaginação.

Acho que não me sinto tão bem assim, tão aliviada, quanto como eu passei de período. E eu que achava que fosse preciso mudar de mundo para te esquecer quando na verdade, só quem poderia mudar era eu, ou melhor, só quem era preciso mudar. E agora eu mudei e não quero mais saber de outra coisa. É bom passar por uma tempestade terrível e depois perceber a beleza da estiagem. Agora sim eu posso ficar sozinha comigo mesma. Estou enfim, segura. Hoje eu durmo bem e em paz.

Dizer que eu te odeio? Não! Longe de mim esse repugnante sentimento! Eu sinto uma coisa boa por você, algo louvável, nada doentio ou intoxicante! Podemos sair para tomar, qualquer dia desses aquela água de coco que você adora ou o meu açaí predileto. Ainda conto com essas oportunidades saudáveis. Nada mais do que meros instantes de lazer.

Desculpa se eu não te deu o “boa noite!” como antigamente, mas é que eu já não vivo mais no passado e a doçura e todo o meu lado bom já não se concentra em apenas agradar seus anseios.

Agora sim, acho que estou anestesiada para novas emoções sem sentir dores ou ter efeitos colaterais. Como bem me ensinou, sem querer, Leoni: ” Eu tentava acreditar que isso é que era amor. Eu estive tão doente e agora já passou e hoje estou de volta à vida, aos amigos, aos sorrisos, sob o sol…”

Começo a sentir um cheirinho de felicidade…

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Devido ao grande sucesso do espetáculo apresentado ao público sergipano pelo Grupo Raízes e Oficinas do Ator, dia 18 de setembro, no Teatro Tobias Barreto, em sessão única, será reapresentado a história de uma das figuras mais marcantes dos últimos tempos e o latino-americano mais famoso do século XX, Ernesto Rafael Guevara de la Serna, o inconfundível CHÊ.

Médico, guerrilheiro, teórico revolucionário e estadista. Tornou-se um personagem universal devido a sua atuação na Revolução Cubana de 1959 e nos anos que a seguiram. Argentino como Eva Perón, seu nome extrapolou de longe os limites da ilha de Cuba, fazendo com que fosse identificado com o Movimento de Descolonização do Terceiro Mundo. Muito embora, há quem diga que esse guerrilheiro seja o maior assassino do século XX por compactuar com ideologias de  Lênin, Stalin e Mao Tse Tung.

Nascido de uma família com boas condições sociais, Ernesto cursou e em 53 formou-se me Medicina. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, iniciaram-se os movimentos estudantis como um meio de protesto contra a forma de governo populista argentino de Domingo Perón. Guevara participou avidamente destes protestos.

No início da década de 50, acompanhado do amigo Alberto Granado, percorreu de moto o continente americano, indo desde seu país natal até Miami, nos Estados Unidos, numa aventura de mais de dez mil quilômetros que, sem dúvidas, mudaria sua história de  vida, de tal forma que o diário dos dois amigos foi publicado em forma de livro e mais tarde transformado em uma longa metragem por Walter Moreira Salles.

Nessa viagem, Chê teria tomado consciência do modo desprezível em que vivia a maior parte da população dos países da América do Sul e Central. Assim, resolveu que iria lutar em favor dos menos favorecidos. No México, em 54, conheceu os ideais e juntou-se aos irmãos cubanos Fidel e Raul Castro, que estavam organizando um grupo guerrilheiro para derrubar o governo ditatorial de Cuba.

Com o passar dos anos e o gosto pelos ideais revolucionários, Ernesto deixou a dedicação total à carreira médica para tornar-se combatente e líder militar, onde nessa época ganhou o apelido de “Che” que ficou eternizado à sua imagem.  Vale ressaltar que há relatos de que ele exercia sua vocação médica nos campos de batalha, auxiliando, inclusive, às tropas adversárias no final de  cada combate.

Em 59, Che Guevara tornou-se de fato cidadão cubano e a partir de então assumiu ativamente o cargo de diretor no Banco Nacional e Ministro da Indústria, sendo peça chave no novo governo. No entanto, Che queria mais.

Por não adaptar-se à burocracia do regime cubano e idealizar que toda a América Latina necessitava ser modificada, através de revoluções sucessivas, em 1965, Chê deixou Cuba e focou em ser guerrilheiro na Bolívia, onde foi rendido pelo exército local. Chê foi executado no dia 9 de outubro de 1967.

Símbolo de determinação e coragem, Chê é respeitado inclusive por quem não compartilham das idéias socialistas. Ele deixou Cuba em prol de um rompimento de paradigmas e concepções políticas e ideológicas que hoje são aplaudidas em nossa sociedade, mesmo sendo predominantemente capitalista e centralizadora.

Pensando em homenagear essa fantástica figura, um grupo com mais de 100 artistas sergipanos em cena, visa transmitir a emoção, o drama, horas comédia e ação presentes na vida de um guerrilheiro para toda a platéia que com toda certeza lotará o Teatro Tobias Barreto a fim de fartar-se com tamanha cultura.

IMPERDÍVEL! Aproveitem essa chance única em conhecer a história de um homem que foi considerado pela revista norte-americana Time Magazine umas das cem personalidades mais importantes do século XX.

* Imagens da apresentação do espetáculo no dia 17/08/2012, retiradas do site AracajuFest.

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Um adeus.

Eu sei, poderíamos ter contado essa história de uma maneira diferente, poderíamos ter dado certo. Fico pensando que eu tenho maior parcela de culpa do que você. O problema é esse meu receio em me machucar novamente e o seu receio maior de cair na rotina. Hoje estamos na contramão. Temos objetivos diferentes e os seus não se encaixam nas minhas possibilidades de permanecer nessa situação.

Somos orgulhosos sim. Passamos boa parte do nosso tempo pensando isoladamente em nossas satisfações pessoais enquanto, silenciosamente, atravessávamos por essa guerra dos sexos sem reconhecer ou querer enxergar que tínhamos a necessidade de permanecer juntos.

Eu te costumei mal também. Numa tentativa frustrada de querer te ter sempre por perto, sempre fiz suas vontades e estava sempre pronta, a qualquer hora quando o meu telefone tocasse. E assim, você respirava novos ares e eu sempre te esperando. Com isso eu vejo que tudo aconteceu no tempo errado; essa não foi a nossa vez, a nossa hora.

 Sentirei saudades sim, não sou de aço. Mas não vou mais ficar na sua sombra. Aprendi com você que o tempo é curto demais para deixar passar as grandes oportunidades e não cumprir com o que você denomina de prioridades. Agora eu vou para de me acomodar nos seus intervalos e buscar preencher os meus.

Se um dia a gente aprende a ser feliz, acredito que esse dia para mim começa hoje que não estou mais com você.

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Por Caio F Abreu.

Se fosse por essa saudade louca que me invade, eu já teria te escrito mais e mais cartas carregadas de sentimentos e gritos de angústias. Mas dessa vez, vou deixar quem entende falar por mim… Beijos e ternurinhas!

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Eu te amei muito. Nunca disse, como você também não disse, mas acho que você soube. Pena que as grandes e as cucas confusas não saibam amar. Pena também que a gente se envergonhe de dizer, a gente não devia ter vergonha do que é bonito. Penso sempre que um dia a gente vai se encontrar de novo, e que então tudo vai ser mais claro, que não vai mais haver medo nem coisas falsas. Há uma porção de coisas minhas que você não sabe, e que precisaria saber para compreender todas as vezes que fugi de você e voltei e tornei a fugir. São coisas difíceis de serem contadas, mais difíceis talvez de serem compreendidas. Se um dia a gente se encontrar de novo, em amor, eu direi delas, caso contrário não será preciso. Essas coisas não pedem resposta nem ressonância alguma em você: eu só queria que você soubesse do muito amor e ternura que eu tinha — e tenho — pra você. Acho que é bom a gente saber que existe desse jeito em alguém, como você existe em mim.

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