“Clássico é clássico!”
No dia 7 de julho de 1912 acontecia o primeiro FLA-FLU da história com vitória tricolor (3 x2) , ainda com o time supostamente desfalcado. E cem anos depois do primeiro Clássico das Multidões, a história se repete em síntese. Hoje, dia 8 de julho de 2012, o Flor vence o Mengão com um gol de Fred, sendo este o primeiro dele na história de sua carreira no clássico.
O primeiro gol de um FLA-FLU foi marcado por um Flor de responsa (vale reconhecer!) de Calvert em apenas um minuto de jogo. Hoje, Fred, com a assistência direta de Thiago Neves, um velho conhecido nosso, marcou o único gol da partida aos dez minutos; o suficiente para assegurar a vitória. Mas, o resultado positivo para o Flor não foi o suficiente para assumir a liderança, já que o Galo está disposto a lutar de frente pela conquista do título deste ano e assume a liderança isolado com 19 pontos .
Como sofreu o gol no início do segundo tempo, o Flamengo correu atrás do prejuízo, mas sem sucesso. Os 61% de posse de bola comprovou mais uma vez que o que precisamos é de finalizações consistentes e coletividade, afinal, estamos falando de um time, de uma equipe e não de jogadores com crises de estrelismos justamente nos 90 minutos mais importantes da semana. Dominamos o jogo, tivemos o dobro de finalizações, mesmo não tão ofensivas, mas fizemos os flores recuarem por completo, todavia, não conseguimos o principal, os gols da vitória. Com isso, ficamos com meros e medíocres 12 pontos e estagnados no nono lugar da tabela.
O Flamengo entrou em campo com a escalação já previsível: Paulo Victor, que sempre faz uma brilhante atuação, Luiz Antônio que tem crescido no time apesar de cometer faltas bobas, Marlon, González, Magal, Amaral, Renato, o capitão de merda, Ibson, ainda se encontrando, Botti, Diego Maurício, sem grandes rendimentos e Love. O Flor veio com Cavalieri, Bruno Vieira, Gum (zagueirão), Anderson, Carlinhos, Edinho, Jean, Deco (fantástico) que depois foi substituído por Valência, Thiago Neves (ex-amor) que depois foi substituído por Wagner, Nem, Fred que depois deu o lugar ao Samuel.
O Flor trabalhou sobre as falhas irritantes do Flamengo, em instante algum, sem modificar seu esquema tático (4-4-2). O time rubro-negro quando conseguia com firmeza trocava passes, não tinha direcionamento certo e assim, apesar da boa posse de bola, não ameaçava tanto o adversário.
No segundo tempo, Joel Santana mexeu no time agradando a torcida. Logo no início, Diego Maurício, extremamente apagado na partida, foi substituído por Adryan, que apesar de ter apenas 17 anos, já é um ídolo rubro-negro e mostra com vigor o que um verdadeiro flanático tem: RAÇA. Com a sua entrada em campo, o Flamengo foi mais ao ataque com vitalidade e em boa jogada com Magal, Adryan cabeceou mas ficou na trave e o grito de gol entalado. E assim, mesmo com a entrada de Matheus no lugar de Amaral e Arthur Sanches na zaga, a vitória tricolor foi arrematada.
Sem grandes novidades, o futebol limitado do Flamengo ainda desagrada a torcida que cobra garra e paixão ao manto sagrado, uma vez que a história vermelho e preto foi construída por conquistas gloriosas que, apesar da derrota de hoje no Clássico das Multidões, ainda permanece como favorito no futebol Carioca. Mas, como eu sempre digo, Carioca é obrigação!
No mais, quem realmente deu show hoje foi a torcida que, mesmo com o resultado negativo dentro de campo, foi fiel e mostrou-se apaixonada pelo time.
Independente de resultado, o Flamengo não deixa de ser quem ele é! Quando eu falo FLAMENGO, refiro-me à coletânea de histórias e a tradição rubro-negra de ser o time mais querido do Brasil e não aos medíocres que estragam, na atualidade, o brilho dessa glória.
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